Dilma diz que redução de juros dos bancos não será feita 'de supetão'

'Vamos realizar progressivamente', declarou presidente no Planalto.
Neste mês, bancos públicos - e depois privados - anunciaram cortes.

Priscilla MendesDo G1, em Brasília
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A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (24) que a diminuição da taxa de juros cobrada pelos bancos não será realizada “de supetão”. Ela voltou a defender a redução do spread - diferença entre o que o banco "paga" para captar dinheiro e o que ele "recebe" pelos empréstimos.
“Eu não acredito que seja uma questão que nós vamos realizar de supetão. Vamos realizar progressivamente. Não há, repito eu, não há razão para termos taxas de juros tão elevadas”, disse a presidente durante entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto.
As novas taxas de juros cobradas nas operações de crédito, que foram reduzidas pelos bancos públicos e privados nas últimas semanas, começaram a valer nesta segunda-feira (23).
O primeiro anúncio de corte foi feito pelo Banco do Brasil, no dia 4 de abril. Na sequência, disseram que também reduziram os juros a Caixa Econômica Federal, o HSBC, o Santander, o Bradesco, o Itaú Unibanco e o Banrisul. Mais tarde, o Banco do Brasil anunciou que faria mais uma redução, bem como a Caixa.
Questionada se a redução das taxas simbolizava uma vitória para o Palácio do Planalto, Dilma respondeu: “Eu confio no Brasil e, por isso, não é nenhuma questão de derrota ou de vitória. Ninguém também vai supor que num passe de mágica nós resolveremos todos os problemas”, declarou a presidente.
Dilma voltou a defender taxas de juros menores e disse que há, no mundo, países com alto grau de endividamento, déficits fiscais “estarrecedores” e com níveis “absurdos” de inadimplência, segundo ela, que ainda assim praticam juros menores.
“O Brasil progressivamente pode, como pode fazer várias outras coisas, [...] também fazer isso [reduzir a taxa de juros bancários]. Isso eu tenho certeza”, afirmou a presidente.
Ao final, no momento em que a presidente encerrava a entrevista, jornalistas perguntaram simultaneamente sobre diversos assuntos, entre os quais uma possível mudança na caderneta de poupança. A presidente limitou-se a responder: “Veremos, sem dúvida nenhuma. Todas as questões vão ser avaliadas pelo governo com muita calma, com muita tranquilidade. [...] Cada dia com sua agonia”, afirmou.

Fonte: G1
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