Dilma diz que documento final da Rio+20 é 'ponto de partida'

Presidente afirmou que Brasil teve que construir 'consenso possível'.
Países ricos não quiseram avançar no financiamento de ações, disse.

Nathalia Passarinho e Giovana SanchezDo G1, no Rio
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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (22), último dia da Rio+20, que odocumento final da conferência, acordado por todas as delegações, é um “ponto de partida”, a partir do qual cada país deverá avançar no sentido de alcançar o desenvolvimento sustentável. Segundo ela, uma discussão com 193 países participantes da conferência sobre proteção ambiental, erradicação da pobreza e crescimento sustentável só pode levar à “construção do consenso possível”.
A presidente Dilma Rousseff, durante entrevista coletiva na Rio+20 (Foto: Alexandre Durão/G1)A presidente Dilma Rousseff, durante entrevista coletiva na Rio+20 (Foto: Alexandre Durão/G1)
"O Brasil ficou responsável por construir um consenso possível. O consenso possível é um ponto de partida e não de chegada. Isso não significa que a partir daí os países não possam ter suas próprias políticas”, afirmou.
A presidente destacou que é preciso agora exigir que “a partir desse documento, as nações avancem". “O que não podemos conceber é que alguém fique aquém dessa posição”, declarou.
Dilma ressaltou que a Rio+20 é uma conferência "multilateral" e que, portanto, precisa considerar as posições e o nível de comprometimento de todas as nações participantes.
Segundo ela, o documento final da Rio+20 não atende a todas as expectativas dos brasileiros porque o Brasil é comprometido com o desenvolvimento sustentável, mas atende às expectativas da Conferência, já que é resultado de um acordo entre quase 200 países. De acordo com essas expectativas, de um diálogo multilateral, ela se disse "amplamente satisfeita".
“Nós não temos que como chegar a uma posição em comum sem levar em conta que os países têm estágios diferenciados de compromisso. O que acho que é importante é que, quando você tem um documento escrito, ninguém pode negar ou esquecer o que está escrito. A vantagem é, primeiro, que foi escrito por centenas de países e, segundo, que está escrito”, disse.
A presidente lamentou o fato de não haver compromissos concretos de financiamento das ações voltadas ao desenvolvimento sustentável. Ela explicou que os países desenvolvidos não quiseram incluir a questão no texto final da conferência.
“Os países não quiseram assinar a questão do financiamento. Uma das formas é colocar isso na pauta. Os países desenvolvidos não querem que isto seja posto na pauta. Então, só dá para avançar daqui para frente. Para avançar mais vai, ter de ter a construção de um consenso”, disse.
Sobre as críticas das ONGs e grupos da sociedade civil de não terem sido bem representados, Dilma disse que foi construído um espaço, por iniciativa do governo brasileiro, para escutá-los e que não daria para igualar o peso da voz de uma pessoa com a de uma nação.

Fonte : G1
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