Caminhoneiros estão parados há três dias e postos estão sem combustível.
Prevista para terminar na sexta, paralisação pode continuar.
1 comentário
Os postos de gasolina na Argentina começaram a ficar com pouco combustível nesta quinta-feira (21) à medida que os caminhoneiros em greve bloqueavam depósitos e refinarias em um dos maiores desafios sindicais ao governo da presidente Cristina Kirchner.
A greve de três dias dos caminhoneiros de combustível deve terminar na sexta-feira, mas o chefe sindical, Hugo Moyano, que lidera a federação trabalhista CGT, prometeu anunciar uma greve nacional de todos os caminhoneiros.
Cristina retornou mais cedo ao país de uma viagem ao exterior devido ao protesto do sindicato dos motoristas de caminhão – temido pelos governos por sua capacidade de colocar a terceira maior economia da América Latina em um impasse.
Ela enviou a polícia militar para proteger depósitos de combustíveis e refinarias de petróleo bloqueadas por caminhoneiros e implementou planos de abastecimento de emergência em um esforço para evitar o desabastecimento, uma situação que não é vista desde uma rebelião por parte dos agricultores em 2008.
"Atualmente, o fornecimento de combustível caiu 70%", disse Luis Malchiodi, presidente da Federação das Entidades de Combustível da província de Buenos Aires (FECOBA). "Ao meio-dia de amanhã, praticamente não haverá nada restante em qualquer lugar."
Rosario Sica, o chefe de outro grupo da indústria, disse que "se a greve dos caminhoneiros de combustível continuar, haverá problemas amanhã".
Queixa-crime
O governo abriu uma queixa-crime sobre a greve e multou o sindicato dos caminhoneiros em quatro milhões de pesos por desafiarem uma ordem para negociar, o que provocou a ira de Moyano, cujo filho comanda o sindicato. Os dois homens estão em desacordo com Cristina.
O governo abriu uma queixa-crime sobre a greve e multou o sindicato dos caminhoneiros em quatro milhões de pesos por desafiarem uma ordem para negociar, o que provocou a ira de Moyano, cujo filho comanda o sindicato. Os dois homens estão em desacordo com Cristina.
Moyano costumava ser um aliado próximo da presidente, mas sua aliança estratégica entrou em colapso no último ano, aumentando a ameaça de problemas trabalhistas. Vários outros sindicatos prometeram apoio aos caminhoneiros.
Se a greve de três dias terminar como planejado ao meio dia de sexta-feira, graves complicações para o transporte de grãos e refinarias de petróleo são improváveis. A Argentinaé um dos maiores exportadores mundiais de grãos e a grande maioria dos produtos agrícolas é enviada aos portos de caminhão. Os agricultores, que estão próximos do fim da colheita da soja e milho deste ano, também são grandes consumidores de ombustível.
Reivindicações
O sindicato dos caminhoneiros lançou seu protesto visando a distribuição de combustível para exigir um aumento salarial de 30% e reduções de imposto de renda.
O sindicato dos caminhoneiros lançou seu protesto visando a distribuição de combustível para exigir um aumento salarial de 30% e reduções de imposto de renda.
A inflação anual está estimada em cerca de 25% na Argentina, provocando agitação trabalhista à medida que a economia esfria depois de um longo boom.
A greve reflete também a briga por posição dentro da CGT – que realiza eleições no próximo mês – e dentro do partido peronista fragmentado de Cristina, afirmam analistas políticos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário